sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Réquiem

Esvaziem meu armário
Mas deixem a cama como está
Guardem ao menos uma garrafa
Para o caso de eu voltar

Podem levar o violão
Mas deixem aqui o bandolim
Dêem algo para o rato
Sobreviver sem mim

Peguem cada disco meu
E tentem encontrar o dono
Façam o mesmo com os livros
Mas não me perguntem como

Não raspem minha barba
Talvez ela ainda cresça
Se eu tiver dinheiro, gastem
Antes que desapareça

Levem meus copos quebrados
e minhas facas sem ponta
E avisem lá no Sapo
que eu não vou pagar a conta

Não me esperem sexta-feira
Mas bebam um copo por mim
Até que eu saiba como é que
que se sai desse jardim

Por favor tranquem a porta
E podem engolir a chave
Peguem o Tom no conserto
e me tirem da cidade

Só não perguntem quando vou voltar

Confraria da Costa

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pequena ficção da vida real... [4]



Mal se sentara já foi recebido como sempre. Com um salto achava-se de pé sobre o móvel, e com o dedo em riste gritava: "Eu não sou nervoso, porra! Muito menos compulsivo! Minhas unhas são ruídas meramente por mania, é involuntário. Sei que tenho problemas, mas me acusar não adiantará", ele bradava de cima do divã, com o dedo apontado na cara da psicóloga.


Guilherme S. Teixeira

domingo, 10 de outubro de 2010

Dica de blog:


Limão ou Queijo Ralado?, de Marcus Duarte e Bruna Corrêa.


Abração, Quito!

sábado, 9 de outubro de 2010

Táxi: Vermelho ou laranja?


A Thalita e eu voltávamos do teatro. Fomos ao Pallotti ver Os Saltimbancos (o Mello foi uma criança, a Cindy foi a Galinha e o Rafinha foi o Cachorro). Adoro as músicas do Chico, muito divertidas e dá pra perceber bem sua crítica à Ditadura.
Pois bem, estávamos no ônibus, prontos para descer e comentei sobre as vacas artísticas que estão por Porto Alegre (tem uma na PUCRS, entre outras por aí). Um tio ouviu nossa conversa e puxou papo, disse que era genial a ideia das vacas e que achou estiloso o meu chapéu.
Depois dele se despedir, voltei ao assunto com a Thali e formou-se o seguinte diálogo:

Tê - Tem uma (vaca) que o tema é Táxi. Ela é vermelha com aquela listra azul escr...
Tha - Peraí, táxi vermelho? É laranja!
Tê - Não! Os táxis são vermelhos!
Tha - Laranjas...
Tê - Vermelhos!
Tha - Laranjas!
Tê - Quer ver como são vermelhos...
(Eu parei uma moça - bonita - na rua e perguntei:)
Tê - Oi! Com licença, moça. De que cor são os táxis de Porto Alegre?
Moça - São... são vermelhos...
Tê - Muito obrigado! Viu, Thalita, são vermelhos! Tomou!!!
Tha - Não, essa guria é daltônica como tu. São laranjas, não sei da onde ela tirou vermelho.
Tê - Porra! São vermelhos! Mais uma opinião...
(Um senhor que ia passando, perguntei:)
Tê - Com licença, senhor. Poderia me dizer qual a cor dos táxis de Porto Alegre?
Senhor - Eles são de cor vermelho ibérico, mas de vermelho não tem nada...
Tê - Viu! São vermelhos.
Senhor - São mais alaranjados. Desde 74 são vermelho ibérico, e antes era laranja granada.
Tê - Mas são vermelhos!
Tha - Mas de vermelho não tem nada, ele disse.
Tê - Quer mais opiniões? Vou perguntar pro pessoal do bar ali, ó...
Tha - Não, tem gente ali que eu conheço. Tá, pra ti são vermelhos...
Tê - Mas como eu tava dizendo: tem uma vaca-táxi: ela é vermelha com uma listra azul escrita "Porto Alegre - Ar condicionado".

No final ela meio que concordou comigo! xD Mas para mais informações: Cor do táxi de POA.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Minha dama


Vocês conhecem aqueles colares de coração que se partem
e fica metade com a guria e a outra metade com o guri?

Pois é, eu tenho na minha mochila dois chaveirinhos:
uma dama e um rei de copas.

Quero muito ficar apenas com a dama.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Poeminha


Não tenho vocação

para poeta.
Sou muito mais de sentí-los,
do que escrevê-los.
Até por que não sei escrever;
ainda confundo quando escrevo
com um s ou dois...
O que escrevo
é a mistura do imaginário
com o que acontece comigo
neste mundo.

E a isso chamo:
"Pequenas ficções da vida real".

Guilherme S. Teixeira

sábado, 25 de setembro de 2010

Pequena ficção da vida real... [3]


Quando crianças, eles eram um horror. Ela sempre o chamando de sapo; ele, puxando seus cabelos. Era quase uma guerra diária. Foram crescendo, se distanciaram um pouco. Quando se viam, era aquele sorrisinho seguido de um "oi" ou um aceno com a cabeça.
Ela, um ano mais velha, saiu do colégio antes. Mas estava sempre por perto. No último ano de colégio para ele, se viam pouco, mas o que tinham um pelo outro poderia ser agora mais chamado de amizade do que antes.
Viam-se raramente, mas o sorrisinho havia sido trocado por um escancarar de dentes, braços abertos e um abraço apertado.

Era noite. Ele voltava de uma festa cedo. Passando pelo ponto de ônibus: a viu. Começaram um diálogo. Ela disse que à uma semana esperava notícias do namorado que estava querendo um tempo, fugindo de falar cara a cara com ela. Estava decidida: pegaria o ônibus e ficaria plantada na frente da casa até receber uma resposta definitiva. "Sim" ou "não"...
Ele tentou argumentar, pediu para que ela fosse no outro dia, quando teria sol. Onde o namorado morava, não era um lugar tão seguro para uma moça sozinha, à noite, na rua. Ela disse que sozinha nunca estava, e isso confortou um pouco ele. Pois também pensava assim: Deus sempre está conosco.
Ele não sabia exatamente o que fazer, parecia os tempos de colégio: ela continuava teimosa, cabeça-dura. Ele simplesmente tirou o crucifixo que, há quatro anos, trazia pendurado no pescoço e batendo no peito. "Nunca tirei ele sem ser pra tomar banho. Que ele te proteja assim como sempre me protegeu. Quando eu te encontrar denovo, eu pego de volta. Te cuida".
E assim, deixou que ela entrasse no ônibus e fosse...
Sentia um aperto no peito, mas tinha esperança de revê-la novamente, com a cruz dele, e sem a dela.

Guilherme S. Teixeira

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dirigente Cristão: servo de Deus


Buenas! Primeiramente quero parabenizar os cursistas e a equipe de trabalho do 77º CLJ² de Porto Alegre (os mais novos e os renovados Dirigentes Cristãos de nosso Movimento e de nossa Igreja).
Cara, Deus nos chama a Vocação! Seja ela religiosa ou leiga, sacerdotal ou matrimonial. A escolha é nossa. Fica a dica a música Vocação, do Pe. Zézinho. O Mundo nos rodeia e nos sufoca, tenta nos enganar. Mas não devemos deixar iludir; entregue-se ao amor de Deus.
Como sempre eu falo no amor: "Quem não ama, não conheceu a Deus, pois Deus é amor". 1Jo. 4, 8. E estar com Deus é tão bom, mas tão bom, que a gente quer sair por aí e mostrar para todo mundo todas as descobertas que fazemos. Já dizia São Paulo: "Ai de mim se não evangelizar". Não somos apenas Evangelizadores, mas também Dirigentes Cristãos. E dirigir - ser instrumento de Deus - é SERVIR! Fazer o bem sem olhar a quem, fazer tudo como se fosse feito para Deus, e não para os homens.
"No peito eu levo uma cruz; no meu coração o que disse Jesus", esse trecho da música Nova geração, também do Pe. Zézinho, me motiva a perseverar cada vez mais. Como são belas as maravilhas de Deus e as maneiras que Ele age em nós.

E começou a Crisma! Primeiro sábado: a Paty e eu na paróquia, esperando o povo chegar (tinham ido pra uma festa na noite anterior, tudo com cara de sono). Chega o Pe. Luciano, a Selma, a dona Nelci e a Neca. "Ah, a gente veio ver se vocês precisavam de alguma ajuda; esse manual é muito bom; esse livro tem boas dicas; se precisar é só chamar..."
Eu e a Paty nos olhamos: "Bom, a gente tem esses dois livros, mais o Compêndio e o Catecismo. Montamos o primeiro dia assim e assim, etc. Depois a gente vai montar um cronograma direitinho e tal".
"Bah! Mas então vocês estão bem encaminhados!" E eles iriam embora, mas daí os catequisandos chegaram e ficamos todos, das 10h às 11h, conversando sobre outras coisas do CLJ e da paróquia. No final a gente deu só meia hora de Catequese. Mas na próxima semana estará bem legal! xD
A Paty e eu estamos muitos motivados com a Catequese de Crisma. Eu digo que "nós estamos", porque vejo no rosto dela que ela tá bem empolgada também.

Na Chegada do CLJ², soube pelo Danny Love, que o Pe. Lú convidou ele e eu para sermos Ministros da Eucaristia. Bah, fiquei muito feliz! Cada vez mais estou procurando e encontrando meios de servir a Deus, encontrar minha vocação (já que pra padre, não tenho mesmo - hehehehe...).

Parabéns:
17.08 - Raquel (afilhada)
18.08 - Vivi (esposa do primo Rafa)
24.08 - Luz (SVP)
26.08 - Amandona
27.08 - Delmo e Sosa
30.08 - Iasmim (minha nova afilhadinha que nasceu!)
01.09 - Prima Mari, tia Márcia (SVP), Mira e Angêlo (Pall²)
02.09 - Baldasso (18 aninhos!)
04.09 - Paulinha (SF) (de aniversário e coordenou o CLJ² 77º)
05.09 - Nícolas, Treze (SVP) (15 aninhos) e Ketryn (PUCRS)
06.09 - Carol H. e Carol (PUCRS)
09.09 - Duda (prima de Novo Hamburgo) e Niño (SP)
10.09 - Bublitz
11.09 - Rafa Fernandes

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

De quando eu ganho uma afi num dia e levo 3 pontos no queixo em outro


Como sempre, o final de semana começara na sexta-feira. Trabalhei na parte da manhã, vim para casa almoçar, fui pra PUCRS. Pela primeira vez assisti uma aula de Didática até o final. Foi legal... Conversei com a professora, apesar dela ser bem estranha, foi bacana e percebi que ela, assim como muitos professores da PUCRS, tem o brilho no olhar como prova de sua paixão por aquilo que faz.
Saí da aula e fui até a paróquia. Depois eu e o gordinho fomos para uma reunião onde seriam decididas algumas coisas sobre o próximo CLJ¹. O curso foi adiado para Novembro, assim podemos chamar mais jovens para participar do pré.
Sábado. Acordei, ou melhor, apenas me levantei às 5h30min. Fiz a barba, tomei banho, me vesti, toquei um caneca de nescau goela abaixo, passei a mão na mochila e fui buscar a Thalita para irmos até a praça. Chegamos 7h08min lá. Chamei o Thiagão, esperamos mais umas pessoas e fomos rumo a Divino, onde aconteceria a Integração de Pré e Pós.
Uma capela inicial sobre União (que também faz o açúcar), onde conversamos sobre nos unirmos novamente, que só porque existem departamentos não quer dizer que os outros também possam colaborar e que "se há uma ratoeira no CLJ, toda a paróquia corre perigo".
Primeira palestra sobre Estrutura do CLJ. Os loucos Monitores de Pré, colocaram a e o Dude pra dar essa palestra. Pré dando palestra... Mas foi muito legal! O Thi e eu ajudamos, ele falou do Vica e eu sobre a história da nossa paróquia e do nosso CLJ. Segunda palestra com o padre Luciano, sobre a Missa. E a terceira palestra foi com a Jussa e o Limão (Monitores de Pós), sobre São João Batista e São Pedro. Depois do almoço teve uma animação bem pegada, que deu muito calor (ou foi antes? não lembro bem). Só sei que depois foram para uma Capela de Maria e Jesus, com o Thi, a Amandinha e o Mello. Daí teve o teatro sobre a história da Padroeira (a Haider narrou, o Khrys não fez o urro mas foi Goretti, a Anny e o Baldasso foram Luigi e Assunta, o Nícolas foi o velho Serenelli, a Cindy foi o Alexandre e a Ana o papa Pio XII)que foi divertidíssimo, como sempre. Daí veio a quarta palestra sobre Bíblia, dada pelo Cristian e eu. Achei muito bacana, pois ver essa gurizada nova servindo é muito legal!
Daí fomos pra paróquia. Escolha de dindos. Nossa, foi demais! Vou por ordem que lembro do pessoal na roda, de dindo para afilhado: Nícolas - Dude; Thiagão - Cá; Cristian - João; Vicky - Tória; Ana - Jubébs; Anny - Thalita; Teixeira - Lari; Jú - Raquel.
Um breve comentário sobre cada um: O Nícolas só tem afilhado que é a cara dele, só os malandrões. A Cá e o Thi são "primos", isso é muito tri. O Cris ganhou seu primeiro afi, e acho que os dois cresceram muito juntos. A Victória escolheu a Victória. A Mineira ganhou a primeira afi também e será uma ótima dinda. Ganhei mais uma neta, pois a afi Jú ganhou outra afi.
Dois casos especiais: Ela ia me escolher. Eu sabia, ela sabia, a mãe dela sabia, todo mundo sabia... até o sabiá sabia! Mas na hora... É, naquela hora que tu olha e vê que é aquela pessoa, o coração pula e se abre, o Espírito Santo ilumina e tu sabe que é ela. A minha Dinossaurinha parou na minha direção, mas o foco dela era outro. A minha Paz ganhou uma afi. A minha Dino ganhou uma dinda. Fiquei muito feliz com a escolha da Thali! A Anny foi uma ótima escolha! Pessoalmente, ela disse que eu sou como um irmão, já no blog ela reformulou e disse que sou como um primo (pois ela nunca teve irmãos e sempre se deu bem com os primos dela), mas eu digo: ela é uma irmãzinha pra mim. Não tive contato com meus irmãos na infância, até hoje não tenho muito. Mas isso nunca me impediu de ter irmãos, tenho e muitos! Sim, seríamos mais unidos, mas acho que eu seria mais "chato". Já me acho chato, pois me preocupo muito; como dindo, seria redobrado! Não sei o que ela acha disso, mas tento proteger mesmo, cuido, abraço, mesmo que não esteja por perto, ela sabe que tou de olho.
O outro caso é o meu! Ah, eu desconfiava, mas não tinha certeza. Tá aí outra irmãzinha minha, que agora é afilhada! A irmã do meu mano, a chatinha, a pequena que eu fico cuidando nas Noites, agora é minha responsabilidade mesmo. A Lari é minha afi casula! Dos ativos, tenho a afi Jú, o afi Gi e a afi Carol. Agora vem a afi Lari pra reforçar o time. Tou muito feliz mesmo!!!
Fui pra Canoas depois da missa. Domingo de manhã, saímos e fomos pro sítio do tio Fábio e da tia Maria, em Taquara. Que dia bom. Muita conversa, cerveja, churrasco, depois me deitei numa rede e dormi em baixo das árvores. Estávamos indo embora, mas o padrinho esqueceu o chapéu do Inter. Eu voltei pra buscar, escorreguei no areião da estrada e caí com tudo. Bati o queixo numa pedra. Me sentei, coloquei a mão no queixo, o sangue pingava entre os meus dedos. Eu amo a minha família, toda ela veio correndo pra me ajudar (tava a mãe, tia Janda, dinda Iva, tia Tei, tia Maria e tio Bugiu mais os cônjuges e filhos deles). Eu tava tonto, via e escutava tudo na minha volta, mas não me atinava a responder. Quando passou a tontura, me levantaram. A primeira coisa que falei foi uma pergunta: "Já pegaram o chapéu do padrinho?", todos riram. A tia Janda e a mãe limparam um pouco e viemos para Porto Alegre, eu tentando estancar o corte. Tive que ir no Cristo (hospital), pois o talho foi fundo. As tias o tempo todo ligando pra mãe, querendo notícias. Rasparam meu cavanhaque e levei 3 pontos. Nunca quebrei nada, nunca me engessaram, nunca precisei levar ponto, e olha que sempre fui muito arteiro e endiabrado. Agora, com 19 anos na cara, escorrego e levo 3 pontos no queixo. Mas não dói nada, o que dói são as articulações da mandíbula, que doem no mastigar e abrir muito a boca. Foi um final de final de semana razoável... Hehehe!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Olhei pro céu e vi:


Lá de cima, a lua me sorri
enigmaticamente,
como se eu fosse Alice e ela,
o Gato de Cheshire.


Guilherme S. Teixeira

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Estou no Clube dos Descontentes, mas contente




O episódio com a Mila, passou-se no dia 7, na casa da afi Jú. Estávamos comemorando o aniversário dela e do Dude (16 e 18 anos). Eu estava menos pra baixo, pois era a comemoração de mais um ano de vida da minha bebê e de um novo irmão, e no dia anterior (sexta-feira) havia sido meu primeiro dia de treinamento no IGP, Instituto-Geral de Perícias.
Essa semana que passou foi muito boa. Passei as manhãs indo para o serviço, onde aprendi a criar protocolos para encaminhar as armas para serem periciadas. Amanhã, já começo o estágio de verdade, trabalhando na parte da tarde (manhã só nas sextas-feiras, por causa da aula de Didática).
Bah! Nem falei da volta às aulas...
Segunda-feira: Produção de Textos Poéticos, com o Kiefer. Ele tá bem legal esse semestre, já tive aula com ele antes e fiquei meio em cima do muro sobre o que achar dele (muitas pessoas não gostam). Mas esse semestre, tou curtindo bastante. Ele até disse que meu estilo é poético.
Depois tenho Processos de Compreensão Leitora, com a Lilian. Ela é professora nova na FALE. Bem bacana, animada. E disse que gosta de dançar um veneirão.
Na terça: Leitura de Autores Modernos. Droga! A Ana Mello saiu da Graduação. Eu tava achando que seria a Sissa que daria essa cadeira no lugar dela. Mas não! É o Assis Brasil! Ele é muito querido, tem um conhecimento enorme e nos deu textos ótimos para ler.
Após, tenho FELP2 denovo... Mas dessa vez: JANE! Rá! Agora eu passo. Na primeira aula já senti muita diferença. A Marilu até veio me pedir desculpas, ela disse que tentou puxar minha nota, mas não deu. "Capaz, professora. Não precisa se desculpar. Dessa vez eu passo!"
Quarta-feira tenho aula só às 21h15min... FELP2. Mas vale muito a pena!
Na quinta-feira: Autores Modernos e PCL novamente.
E na sexta, à tarde, Didática... A professora parece ser comunista, mas é legal e tem vontade de dar aula (pena a matéria em si ser chata).
Essa semana passei ela toda relendo A nós, o Clube dos Descontentes, do Márcio Grings (um gaúcho de Santa Maria). O livro é muito tri, curti muito o estilo dele. São textos curtos, como se fossem pensamentos retirados direto da cabeça e jogados no papel e tem umas ilustrações muito bacanas do Paulo Chagas. Também escutei várias vezes ao dia a música Clube dos Descontentes, de Aurélio e seus Cometas.
Descobri que faço parte desse clube, mas sou feliz! (quem conhece, entendeu...).
Recebi uma mensagem da afi Jú e outra do Tiozinho convidando pra ir sexta-feira, dia 13, na casa deles para uma surpresa. Pronto! Sacanagem em sexta-feira treze... Ainda mais em Agosto. Bah! Mas que surpresa: o tio comprou um mesa de sinuca! A gente já vivia lá; agora já estamos preparando as malas para nos mudarmos!



Parabéns:
03.08 - Jonny e Selau (NSGló)
04.08 - Jacque (SNST)
05.08 - Rapone
06.08 - Dude e afi Jú (bebê do dindo)
11.08 - Dani (Pall)
13.08 - Osório
14.08 - Lauren Santa Rosa (PUCRS)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

22 de Maio de 1771


Que a vida humana é apenas um sonho outros já disseram, mas também a mim esta ideia persegue por toda parte. Quando penso nos limites que circunscrevem as ativas e investigativas faculdades humanas; quando vejo que esgotamos todas as nossas forças em satisfazer nossas necessidades, que apenas tendem a prolongar uma existência miserável; quando constato que a tranquilidade a respeito de certas questões não passa de uma resignação sonhadora, como se a gente tivesse pintado as paredes entre as quais jazemos presos com feições coloridas e perspectivas risonhas - tudo isso, Guilherme, me deixa mudo. Meto-me dentro de mim mesmo e acho aí um mundo! Mas antes em pressentimentos e obscuros desejos que em realidade e ações vivas. E então tudo paira a minha volta, sorrio e sigo a sonhar, penetrando adiante no universo.
Que as crianças não sabem o porquê de desejarem algo, todos os pedagogos estão de acordo. Mas que também homens feitos se arrastem como crianças, titubeando sobre a face da terra, e, exatamente como elas, não saibam de onde vêm e para onde vão, até mesmo que não têm um fim determinado para ações, igualmente governados por biscoitos, balas e chibatas, ninguém faz gosto em acreditar. Quanto a mim, parece-me que não há realidade mais palpável do que essa.
Concordo de boa vontade, até porque sei o que vais me dizer a respeito disso, que são exatamente essas as pessoas mais felizes. Essas mesmas que, como crianças, vivem o dia-a-dia sem pensar no futuro, arrastam suas bonecas por aí, vestem-nas, despem-nas, e volteiam cheias de respeito diante da gaveta onde mamãe chaveia os bombons, e quando logram êxito, fazendo com que ela os dê, devoram-nos estufando a boca e gritando: Mais!... Sim, estas é que são criaturas felizes! A coisa também vai bem para aqueles que dão um título imponente para seus trabalhos vagabundos, ou até para seus sofrimentos, e os descrevem como obras gigantescas feitas em prol da salvação e da prosperidade do gênero humano... Feliz daquele que consegue proceder assim! Mas aquele que reconhece em sua humildade onde tudo isso vai parar, quem vê quão gentil é o burguês ao ornamentar seu jardinzinho e elevá-lo à categoria de paraíso; quem tem noção de como o infeliz se arrasta infatigável pelo caminho, sob seu fardo, interessado apenas em contemplar por um minuto a mais a luz do sol - este, asseguro, também é tranquilo e, ao construir um mundo dentro de si, é feliz do mesmo jeito por ser humano. E então, por mais limitado que esteja em seus movimentos, ele mantém no coração a doce sensação da liberdade, sabendo que poderá deixar o seu cárcere quando quiser.



GOETHE, Johann Wolfgang, von. Os sofrimento do jovem Werther. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2007.

Dedico esse capítulo do livro à Ana Laura.


Quando outra pessoa sonha com a nossa realidade...


Eu não ia escrever sobre isso, mas nem fingir consigo mais!
Nesses 19 anos de vida, tive muitos momentos felizes. De verdade. Senti uma alegria contagiosa que se espalhava pelo meu corpo todo e nada, nada mesmo, conseguia ser mais forte que isso.
Mas em muitas outras ocasiões, eu... fingi.
Sei que "fingir ser simpático deforma o rosto", mas já sou feio mesmo. Não queria estragar a felicidade dos outros com a minha infelicidade, então colocava um sorriso no rosto e trancava os males lá no fundinho do coração.
Mas acho que, mesmo depois de ter conseguido por pra fora a maioria desses males, alguns resquícios permaneceram.
Não consigo mais me fazer forte como antigamente... Não tenho mais forças para por tudo e todos nas costas e levar a diante... Dessa vez, sou eu quem está caindo...

- O que tu sonhastes, Mila?
- Ah, Tê. Não foi nada bom...
- O que?
- Tu tava gritando, gritando muito e pedindo ajuda. Tava todo mundo em volta e ninguém te ajudava. Eu te perguntava o que tava acontecendo e tu não respondia, só fica gritando, pedindo ajuda...
[silêncio]
- E se eu te disser que é exatamente assim que me sinto?

Sei que algumas pessoas perceberam como me sinto e querem ajudar, mas não sei o que acontece, não me sinto bem ainda... Mas agradeço.

domingo, 1 de agosto de 2010

Só pra não deixar passar...


Faz um tempinho que eu queria vir aqui escrever, mas ando sem vontade. Nesse exato momento estou sem vontade, escrevendo apenas para não deixar passar muito tempo.
Na quinta-feira retrasada, fui com a Lelê na Casa de Cultura. Fazia muito tempo que não entrava lá. Foi muito bom poder rever a Lelê em um ambiente tão acolhedor. Ela me presenteou com um livro magnífico: A Nós, o Clube dos Descontentes! São vários pequenos textos escritos como se fossem pensamentos jogados no papel. É engraçado e gostoso de ler, me identifiquei com muita coisa escrita.
Domingo passado, dia 25 foi o segundo dia mais legal das férias (o primeiro foi o Dia do Amigo, como já escrevi anteriormente).
Saída: 6h da manhã na frente da SMG;
Transportes: um ônibus e um microônibus;
Passageiros: Gurizada da SMG, da Pall, da SNST, o Dani da DB, tios e a Thalita.
Destinos: Gramado&Canela!
Foi muito legal! Zoeira no ônibus, chocolate Florybal, visita ao Alpen Park, almoço coletivo no Parque do Caracol (bah, muita comida!), descer e subir a escadaria (fiádapul!!!), caminhar pelas trilhas, molhar os pés na água gelada, cair com a afi Carol na garupa, visitar o centro de Gramado, café colonial, muita foto e pouco vinho.
De terça à quinta estive com o tio Bento, o Thiagão e o Dude em Santana da Boa Vista, onde o tio e o gordinho tem parentes. Fomos lá para caçar, mas não deu em nada... Cadê os bichos? Hehehehe... Mas valeu a aventura, o passeio, a vista, o ar puro, o tombo do Dude, as bagaceiradas, as fotos, os tiros, a sujeira, a bebida, as cantorias e a diversão. Esses são parceiros!
Minha vida continua na mesma. Uma coisa boa: a Thalita, minha Dinossaurinha, entrou no CLJ. Que bom que ela se enturmou e está gostando do grupo, fiquei muito feliz mesmo! Uma coisa ruim: discuti com o Thiago hoje por msn e não me fez nada bem, só fiquei mais mal... Não sei o que tá acontecendo comigo, na real desconfio, mas deixa assim... Por enquanto, vou fingindo ("O poeta é um fingidor. \ Finge tão completamente \ Que chega a fingir que é dor \ A dor que deveras sente." Fernando Pessoa) até onde aguento. Só falei pra afi Jú como realmente me sinto, e falei pro Thi hoje no msn, mas acho que ele não chegou a ler.
Amanhã as aulas recomeçam e espero conseguir ocupar minha cabeça.

Parabéns:
15.07 - CindyLoo (anetada)
16.07 - Eddy (NSC)
17.07 - Afi Rê (Pall)
19.07 - Jéssica (PUCRS)
21.07 - Anne Alemoa
24.07 - Thiagão e Bianka (SVP)
25.07 - Ruiva e sora Daia
28.07 - Mandioca (SVP)
31.07 - Cido (NSS)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Amar ou ser amado?


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, seu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.
Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria.Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me entregasse como escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria.O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido; não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo.O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente; mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido.Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor.
1Cor. 13, 1-13


A última pergunta foi difícil de responder... Mas eu lembrei que o Amor é maior que tudo. Se a gente não ama, como poderemos ser amados? Já amei muito, ainda amo. Creio que o amor, quando verdadeiro, ele nunca acaba. O que acontece é que ele para de doer; substituímos o sentido em que amávamos tal pessoa.
O padre Tom disse que existe três tipos: Amor Ágape - aquele amor pleno, que se tem por Deus e Ele para conosco; Amor Filos - o amor para com os pais, para com os amigos, etc; e o Amor Eros - carinhos, beijos, abraços, algo mais "carnal".
Muitas vezes disse e digo que isso é idiotice... Mas não é! Ainda sou um daqueles que acredita no Amor! É, pra mim, o único sentimento que engloba todos os outros...
Focando na mistura de Filos e Eros, temos talvez o namoro. Já namorei, mas não sei se realmente as amei, acho que não. O que existia era, não digo nem paixão, mas um encanto ou uma atração... e terminou. Amei uma pessoa que pareceu retribuir, mas que não deu valor. Amei outra que ainda amo, mas é uma coisa tão bonita, tão pura, que não dói mais; e quando se ama, se quer a felicidade da outra pessoa, e ela está feliz!
Será que já fui amado por outra pessoa? Digo, verdadeiramente. Sinceramente, não sei...
Não acredito em amor-à-primeira-vista, tu pode ser atraído, talvez até te apaixonar de primeira, mas não amar. Amor é algo que vem com o tempo, é duradouro. Não necessariamente aceitar as diferenças, mas saber conviver com elas. No momento estou apaixonado, não posso dizer que é amor, é algo forte, mas pra ser amor precisa de mais.

Dia do amigo é todo o dia!


Ontem, 20 de Julho, foi Dia Internacional do Amigo! Tudo começou em 1969, quando o homem pisou na Lua. Quem diria que um fiádap..., digo, um argentino teria a ideia de que o "pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade" seria uma grande oportunidade de fazer amigos em outras partes do Universo??? E ele criou o slogan: "Meu amigo é meu mestre, meu discípulo é meu companheiro"!
Em 1979 a Argentina declarou o 20 de Julho como Dia do Amigo e outros países também adotaram a data. No Brasil, o Dia do Amigo oficial é 18 de Julho, dia 20 é Dia da Amizade, mas dá na mesma e pra ser amigo todo o dia é dia! xD
Acordei com um bom-humor danado! Dormi pouco, das 8h às 11h30min, mas acordei muito bem! A tia Wilma veio almoçar conosco e depois fui pro shopping encontrar o pessoal. Cinema! Não pudemos ver a primeira sessão, daí ficamos viajando na praça de alimentação do Bourbon Country esperando a próxima. Shrek para sempre. Muito bom o filme, mas ele termina, então não é pra sempre... "Faz o urro!" =P
Depois fizemos compras e viemos aqui pra casa. Comemos massa com linguiça que o Thiagão, o Mello e a mãe prepararam e tomamos vinho (muito vinho). Aqui em casa vieram, além dos cozinheiros, a afi Jú, a Cá, a Lari, o Danny Love, o Dude, o Baldasso e o Mahallow. No cinema estavam junto conosco o Elias, a Mineira e o Khrys, e a Manú não pode ficar pra ver o filme...
Meu Deus, obrigado por ter colocado pessoas tão maravilhosas na minha vida! Valorizar as amizades é das coisas mais importantes! Amigo é aquele que está ao teu lado em todas as horas: Quando tudo te faltar e não tiveres ombros para chorar; olhe pro lado e ali estarei! Nas alegrias que sentires e em tudo que te faz sorrir; olhe pro lado e ali estarei!
Tenha muitos amigos, tenha poucos e bons, tenha amigos-irmãos, tenha melhores amigos, tenha amigos que também são anjos, tenha amigos que também são pais e irmãos, tenha amigos do mesmo sangue, tenha amigos que parecem família, tenha amigos diferentes, tenha amigos estranhos, tenha amigos alegres e sorridentes e que te fazem feliz, tenha amigos que te apoiam e também te corrigem, tenha amigos que te puxam as orelhas, tenha amigos que secam tuas lágrimas e também que não as deixam cair, tenha amigos que te incomodam, tenha amigos loucos, tenha amigos sábios, tenha amigos MESTRES, pois amigo que é amigo, aprende e cresce junto com o outro!

Ou tenha pelo menos uns quatro ou seis amigos, tudo depende de quantas alças terá no caixão...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Insônia


NADA DE INTERESSANTE ACONTECE ÀS 4h DA MANHÃ! TÉDIO... ¬¬'
Nenhum filme bom na TV, sem músicas legais no rádio, ninguém bacana no msn, meu chá tá sem açúcar e tá muito frio pra levantar e buscar mais... Vou me jogar pra trás e me entocar de baixo de seis cobertores quentinhos. Venha, sono!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fala, Quintana...


Amor não é se envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos.

Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.


Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas porque têm medo de cair e se machucar.
Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de conseguir.
Assim, as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, eles estão errados.
Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore.


Nunca diga “te amo” se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém se não quiser vê-lo se derramar em lágrimas por causa de ti.
A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você quando você não pretende fazer o mesmo.


Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz?


Todos de Mário Quintana

Eu preciso...


Vocação

Era uma vez uma flautista
Que além de ratos atraía
Homens baratos
Depressivos chatos
Amigas feias
Tarados incompetentes
Dentistas sádicos
Chefes obtusos
E visitas inoportunas
Cansada do azar, vendeu a flauta, comprou um Glock 9mm
E ficou milionária matando tempo e casos perdidos.

Ane Arduin

Bah, preciso comprar uma Glock 9mm...

Sei lá...


Ando cada vez mais chato... Eu não era assim, quer dizer, sou um pouco (talvez muito), mas o que vem ao caso é que estou muito, muito chato mesmo.
Os poucos momentos de alegria são conversas no msn que logo se tornam chatas por falta de assunto (o que não costumava acontecer. Será que isso é desgaste pela falta de reciprocidade? =/ Espero mesmo que não seja isso!).
E outros momentos, junto aos amigos, onde me encontro "de lua"; estou muito-bem-obrigado e uma leve fagulha que pisca no pensamento muda meu humor num rompante. Não, eu não era assim, meu Deus!
Sexta-feira, dia 2, saí com a Dinossaurinha e a Gatha. Foi muito bom jogar conversa fora, bater papos literários, caminhar pela Cultura, comer alguma coisa no shopping, poder vê-las!
Dia 6 fiz minha G2 de FELP2... Reprovei. Eu já sabia... Pensei que a mãe tinha levado numa boa, afinal foi minha primeira reprovação (e não digo só na faculdade, mas sim em toda a minha vida estudantil). Mas daí ela veio dizer que não pagaria mais a PUCRS e blábláblá... Eu ignorei e fui dar uma volta por aí, voltei tarde da noite e não tocamos mais nesse assunto.
Teve festinha de aniversário pelos 18 anos do Mellinho e outra pelos 43 anos do Tiozinho! Fui ao teatro com o Thiagão, a Tami, a afi Jú, a Dani e a Laurinha: Quinta Alegre é bem alegre! (Hitler bichona!).
Ai, essas férias... Preciso me ocupar! Tenho algumas coisas marcadas (caçar, Gramado, estou devendo saídas, talvez a festa na Sta. Catarina e talvez a festa do Vicariato...). Mas sei lá... Inverno deve ser bom pra ficar em casa, abraçadinhos, vendo filme e tomando vinho... Talvez os amigos juntos (tirando a parte do "abraçadinhos", o resto eu sei como é...).
Ó, Dona Felicidade! Vê se me mira e me acerta!

Parabéns:
28.06 - Kelly
30.06 - Prof. Barberena
01.07 - Afi Gi e Nando
04.07 - Mana Carol e Roselaine
06.07 - Tio Márcio
07.07 - Mello
10.07 - Magainn e Gustavo (PUCRS)
13.07 - Igor (PUCRS)
14.07 - Lê (Fátima)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Pequena ficção da vida real... [2]


E agora aquilo que chamam de fracasso tomava o seu corpo. E junto vinha a sensação de frio, de vazio, de nada, de ser insignificante...
A guria que ele gosta (não) o queria - aliás, nenhuma guria pela qual ele tenha se interessado, o quis - e agora iria para longe de sua vista. Nem poder fitar aqueles olhos, ele poderia novamente.
As brigas com sua mãe voltaram. Após um período de paz e alegria, a harmonia do lar se esvaía mais uma vez... A velha se tornava rabugenta (ou ele que ficava sem paciência?).
Ele não se sentia mais bem-quisto em sua roda de amigos. Era como se fosse convidado apenas por mero respeito, ou pior, para que não reclamasse. Mas mesmo assim, sentia como se festejassem às escondidas, pelas suas costas.
Estava desempregado, e parecia que nunca conseguiria algo, causando desgosto aos a sua volta. Nunca fora invejado, nunca sentiram orgulho de seus feitos, nunca o elogiaram.
Mas a vida ia bem, ele não ligava para o que os outros pensavam. Seus estudos não eram lá essas coisas, mas conseguia se sair bem naquilo que gostava de fazer. Mas uma prova... uma prova, meus amigos, pode fazer com que a pessoa decline instantaneamente.
Ser reprovado pela primeira vez fez com que ele, ao chegar em casa, passando pelo quarto da mãe, apenas lhe dissesse um "Boa noite. Te amo." triste... e, trancando-se no quarto, após escrever como se sentia, pulasse a janela do quarto andar e se livrasse de seus tormentos...

Ou não... pois a sina dos suicidas é passar por todos os seus sofrimentos dia após dia, para toda a eternidade.


Guilherme S. Teixeira

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Capítulo 36


Foi uma espera interminável. Não sei quanto tempo se passou nos relógios, esse tempo anônimo e universal dos relógios, alheio aos nossos sentimentos, aos nossos destinos, à formação ou ao desmoronamento de um amor, à espera de uma morte. Mas, quanto ao meu próprio tempo, foi imensurável e tortuoso, repleto de idas e retornos, um rio obscuro e tumultuoso às vezes, e às vezes estranhamente calmo, quase mar imóvel e perpétuo, onde Maria e eu estávamos frente a frente, contemplando-nos estaticamente, e outras vezes volvia a ser rio e nos arrastava como num sonho aos tempos da infância, e eu a via correr desenfreadamente em seu cavalo, com os cabelos ao vento e os olhos alucinados, e eu me via em meu povoado do sul, no meu quarto de enfermo, o rosto pregado ao vidro da janela, mirando a neve com os olhos também alucinados. E era como se nós dois tivéssemos vivido em corredores ou túneis paralelos, sem saber que íamos um ao lado do outro, como almas semelhantes em tempos semelhantes, para encontrarmo-nos no fim desses corredores, diante de uma cena pintada por mim, como chave a ela só destinada, como um secreto anúncio de que já estava ali e que os corredores se haviam por fim unido e que a hora do encontro tinha chegado.
A hora do encontro tinha chegado! Mas, realmente, os corredores tinham-se unido e nossas almas haviam-se comunicado? Que estúpida ilusão fora tudo isso! Não, os corredores seguiam paralelos como dantes, conquanto agora o muro divisório fosse como um muro de vidro e eu pudesse vê-la, a Maria, como uma figura silenciosa e intocável... Não, nem sequer esse muro era simples assim: às vezes voltava a ser de pedra negra e então eu não sabia o que se passava do outro lado, que era dela nesses intervalos anônimos, em que estranhos episódios aconteciam; e até pensava que nesses momentos seu rosto se modificava e um trejeito de escárnio o deformava e talvez trocasse risos furtivos com outros e toda a história dos corredores era uma ridícula invenção ou crença minha e que em todo o caso havia um só túnel, obscuro e solitário: o meu, o túnel em que havia transcorrido minha infância, minha juventude, toda a vida. E num desses trechos transparentes do muro de pedra eu divisara esta mulher e crera ingenuamente que vinha do outro túnel paralelo ao meu, quando na realidade pertencia ao imenso mundo, ao mundo sem limites dos que não vivem em túneis; e talvez se tivesse acercado por curiosidade de uma de minhas estranhas janelas e entrevisto o espetáculo de minha irremediável solidão, ou lhe houvesse intrigado a linguagem muda, a chave do meu quadro. E então, enquanto eu avançava sempre pelo meu corredor, ela vivia lá fora sua vida normal, a vida agitada das pessoas que vivem do lado de fora, essa vida curiosa e absurda onde há bailes e festas e alegria e frivolidade. E às vezes sucedia que, quando eu passava defronte de uma de minhas janelas, ela estava esperando-me muda e ansiosa (por que esperando? e por que muda e ansiosa?); mas às vezes sucedia ela não chegar a tempo ou se esquecer deste pobre ser encarcerado, e então eu, com o rosto colado ao muro de vidro, via-a ao longe sorrir ou dançar despreocupadamente ou, o que era pior, não a via em absoluto e imaginava-a em lugares inacessíveis ou torpes. E então sentia ser o meu destino infinitamente mais solitário do que havia concebido.

SÁBATO, Ernesto. O túnel. Tradução de Noelini Souza. São Paulo; Alfa-Ômega. 1976.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Seja um idiota


A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. A vida já é um caos. Por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele!
Milhares de casamentos acabaram não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselhos pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor ideia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não!
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Brincar é legal!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor (e transmitir isso adiante) ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafézinho gostoso agora?
Ailin Aleixo

Obrigado, Dessa, por me (re)mostrar esse texto! Eu estava sendo "idiota" de uma maneira chata, essa é bem melhor! xD

quarta-feira, 30 de junho de 2010

HIC BIBITUR*


Em Decameron: "comer, amar e morrer"...


Já em Gargântua e Pantagruel: "comer, beber e dormir"...

São coisas próprias do homem. Seguindo os conselhos de Rabelais, vou pantagruelizar (beber á vontade)!


*Latim: Aqui se bebe!

domingo, 27 de junho de 2010

Mas...

...quem disse que eu não gosto de ser um idiota???

A felicidade não é constante, mas nos pequenos momentos em que somos felizes devemos aproveitar ao máximo para que ela se torne o mais frequente possível! Não desistir nunca quando o que se sente é verdadeiro, pois a felicidade ronda por aí. Deixar acontecer e ser guiado para ela, pois Deus não nos prometeu facilidade, mas sim felicidade eterna! ;)

sábado, 26 de junho de 2010

Eu sou um idiota


"sentimentos apenas são coisas sem valor para os idiotas"...

Anny Marques

Eu sei disso! Mas quem disse que eu não sou um idiota? E não por não dar valor, mas sim por valorizar demais... (Daí vem a Tharenzinha me xingar... Que bom que mais alguém ainda acredita!)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Estamos de volta!


A última postagem que fiz, escrevi de um dos computadores da Biblioteca Central da PUCRS.
Estava desde a semana passada sem pc...
Agora aposentei aquela antiga máquina de escrever e estou com uma máquina nova!

Saudades de postar aqui... Tantas coisas acontecendo... Meu quarto tava uma bagunça; um dia cheguei em casa e a mãe havia limpado tudo! Joguei tudo no chão denovo e berrei: "Meu quarto representa como está minha vida! Então não cabe a ti tentar organizá-la..."
Sim, eu estava nervoso. Mas ontem eu mesmo arrumei meu quarto (mas só o quarto).

Ah, final de semestre... Provas já passaram, acho que pegarei G2 em FELP2, hoje tem que entregar um trabalho pra vó Leci, segunda uma apresentação para a MT sobre Gargântua e Pantagruel (Rabelais) e quarta apresentarei meus planos de aula em TI (Dica do Cancioneiro).

Amanhã acho que posto algo mais interessante. E acho que vou parar de escrever sobre meus sentimentos... Coisas sem valor não precisam ser expostas...

Parabéns:
19.05 - Dessão
20.05 - Ricardo (PUCRS)
22.05 - Pai e Nandinha
23.05 - César
27.05 - Afi Carol e Thalita Dino
28.05 - Will (PUCRS)
01.06 - Jussa e Nina (SNST)
02.06 - Khrystian
04.06 - Larissa chatinha
05.06 - Déia e Thomas (SVP)
08.06 - Anny
11.06 - Ana Midori
13.06 - Rafa Nunes
16.06 - Celso Sisto
17.06 - Danny Love e Mattarollo
18.06 - Marco (NSC)
22.06 - Búba e Dunga (NSS)
23.06 - Mari Coelho
25.06 - Tia Dila, Dudu (Vica) e Larissa (vizinha)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pequena ficção da vida real...

Noite fria, chuva fina e ela a esperar a condução para ir embora.
Ela estava muda, esperando que ele falasse. Mas ele não conseguia. Tentou duas ou três vezes, mas as palavras não saiam. Ele precisava falar, pois já lhe havia entregue a carta em papel azul. Se ele não falasse, a carta não teria muito sentido.
Não era para ele se apaixonar, ela já o tinha avisado. Mas não se manda no coração (esse coitado que leva a culpa por causa da dopamina, da feniletinamina e da ocitocina (química, né)).
Será que era o fim? Ele não queria que fosse. Ele disse que queria pedir algo. O ônibus se aproximava e ela se preparou para sair.
Ele a puxou para si e quis beijá-la. Ela recuou.
"Eu queria te pedir um beijo". "Hoje não", foi a resposta. E dizendo isso, ela o deixava.
Hoje não, mas então quando?
Enquanto ela partia pelos caminhos da incerteza, ele se via ajoelhado em frente a Igreja Matriz, implorando por seu futuro. Ele tinha dois caminhos, e rezava para que fosse o do seminário, pois o caminho contrário era um dos leitos no São Pedro (grande desvio para aqueles que, como ele, tinham o caminho do amor interditado, em obras... obras que só deixavam buracos e construções mal-acabadas).

Guilherme S. Teixeira

terça-feira, 8 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

Utopia


A Gatha me perguntou se eu estava bem. Ela disse que ultimamente minhas postagens estavam meio nostalgicas... Nostalgia para quem não sabe é "uma sensação de saudades de um tempo vivido, frequentemente idealizado e irreal". Ou seja, em termos diretos: sentir saudade de algo que nunca se teve.

Será que estou vivendo nessa utopia, nesse não-lugar??? O medo me persegue! Não sinto medo de me ferrar, mas de desistir do Amor. Nesse exato momento, meu desejo é de esperar, deixar o tempo passar e nos unir. Mas aí entra o medo: até quando conseguirei esperar?
Não sinto medo de quanto tempo esperar, se vai demorar ou não, sinto medo de o quanto suportarei. O "para sempre" não é para sempre sem certos requisitos.

E ainda tenho esperança de não estar vivendo esse sonho sozinho...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vem...


... segura a minha mão e vamos embora daqui! Para um lugar onde não há dor, só há amor...


Idiota! Acorda, Teixeira. Vais ficar aqui até tu desistires das pessoas.


Mas não quero desistir. Ainda tenho esperança, ainda há pessoas boas nesse mundo...


Não! Humanos enganam uns aos outros.


Acredito no amor, sigo o meu coração e se você seguir o seu, acreditará também!

[silêncio]

(conversa minha comigo mesmo)


terça-feira, 1 de junho de 2010

Memórias de Emília


"A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem para de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais. A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. Pisca e mama. Pisca e anda. Pisca e brinca. Pisca e estuda. Pisca e ama. Pisca e cria filhos. Pisca e geme os reumatismos. Por fim, pisca pela última vez e morre. – E depois que morre? – perguntou o Visconde. – Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"

Monteiro Lobato


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Anjo...


Somos todos anjos com uma asa só...



... e somente abraçados conseguiremos voar!

terça-feira, 18 de maio de 2010

"Você segue o seu coração?"



Sentado nessa cadeira quebrada, numa noite fria e sem graça, mateando e comendo o pé-de-moleque que ganhei de uma amiga querida, reflito sobre a vida, as pessoas, o universo e tudo o mais... Relembro o RIG - que estava renovador - e penso em como os momentos que nos puxam mais pra Deus são tão maravilhosos e tem gente que acha perda de tempo... No sábado teve o Rock&Poesia, várias bandas do pessoal da FALE e o grupo dos Contadores de História se apresentaram na PUCRS. Queria muito ter ido, me falaram que estava demais! Mas... eu não trocaria a adoração iluminada e restauradora que teve no RIG no sábado à noite! "Incendeia a minha alma, Senhor!"
"Tudo que é de mais, faz mal", me disseram. Concordo. Mas eu não quero largar o CLJ. Só largarei quando tiver certeza que todos lá conseguiram segurar a barra, que não é fácil. Mas Deus não nos prometeu facilidade e, sim, felicidade eterna! E acho que o dia da minha saída se aproxima, pois tudo está melhorando. Temos um Presidente melhor, um Pós mais puxado, um Pré mais animado, um Liturgia mais iluminado, um Estudo mais esforçado, um Ação mais ativo e um Folclore mais afinado. E é claro: tios dedicados!
Falando nos tios: Tio, obrigado pelas palavras lindas na capela com os pais e estou preparado para a vingança! xD E tia, muito obrigado pelas conversas e pelo bilhetinho ("Você segue o seu coração?"), quero poder ver a sra. sorrindo cada vez mais! Esse bilhetinho da tia, foi talvez o mais significativo de todo o reencontro, foi tipo um fechamento de tudo que vi e vivi lá dentro.
Obrigado, família SMG!


Parabéns:
19.04 - Joãozinha
23.04 - Isa Bele
30.04 - Tio Ricardo (SCar)
01.05 - Pequena (NSC)
05.05 - Sora Fabiene
07.05 - Andressa (PUCRS)
08.05 - Jussynha
09.05 - Brê Aguiar
10.05 - Mineira e primo Rafa
12.05 - Fábio e Mari (SNST)
16.05 - Bruno (SNST)