segunda-feira, 30 de junho de 2014


Tu me procuraste.
Perguntaste uma coisa tola,
da qual tu tinhas interesse.
Perguntaste como minha mãe estava.
Não perguntaste como eu estava.
Te liguei, não me atendeste.
Mas eu sei que tu viste a chamada.
Não retornaste.
Só queria que tu fosses sincera comigo
e dissesse numa boa:
"Olha, acabou.
Não te amo mais,
talvez nunca te amei.
Não tem volta mesmo.
Desiste".
Mas não.
Tu me ignoras ou,
quando falas comigo,
diz que ainda me ama...


domingo, 29 de junho de 2014


Tirei o anel, a foto, etc.
Tudo coisas que posso recolocar no lugar.
Não alterei senhas, nem nada "definitivo".
Já tu, pelo jeito pensas diferente...






sábado, 28 de junho de 2014


Não, eu não estou bem.
Quando foi que deixei meus deveres de lado
por causa de algum problema?
Nunca!
Mas ultimamente, não tenho forças.
Minha fortaleza está longe, não aguento sozinho.
Preciso da tua ajuda, mas não quero pedir.
Quero que venhas a mim.
Será que podes fazer isso por mim?
Deixar de olhar um pouquinho só pra ti
e me ver aqui, precisando de ti.
"E se eu cair, se eu vacilar,
quem vai me levantar?"



"Sou humano de mais para compreender..."


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Vó...

Quando pequena, minha mãe foi trazida de St. Antônio da Patrulha para Porto Alegre. Ela iria trabalhar de doméstica na casa de uma senhora e, assim, ajudaria meus avós com o salário. Essa mulher saía para farrear à noite, deixando pilhas de louça suja e uma casa imunda para uma menina de 11 anos dar conta sozinha. Minha mãe fazia o serviço. Mas chorava a noite inteira. Essa mulher devolveu minha mãe, que foi levada para a casa de uma tia que morava por aqui.
Minha tia-avó Olinda a levaria para casa, de volta para os pais. Mas antes, resolveu ver se uma vizinha não queria essa menina de 11 anos para ajudar nos afazeres domésticos. Dona Catarina era o nome dessa vizinha, que olhou bem para minha mãe e disse: "Tu queres ficar? Mas só poderás ficar se for para estudar." Era o que minha mãe mais queria. Estudar!
Dona Catarina a pegou pela mão e a levou para casa. Seu João, seu esposo, estava sentado na varanda quando viu a mulher vindo com a menina. Eis que ele ouviu as seguintes palavras: "Olha, João! Nossa Cleuza voltou, só que já crescida". Cleuza é o nome da minha mãe. Mas também era o nome de uma filha do casal que morrerá ainda bebê.
Minha mãe começou a estudar e ajudava nas tarefas de casa. Ela não era a empregada, ela era uma filha adotiva e fora criada como tal, com uma irmã e um irmão (fora meus oito tios de sangue, filhos dos meus avós biológicos). Minha mãe nunca perdeu o contato com sua família e sempre ia vê-los. Ela agora tinha duas famílias, tinhas dois casais de pais, dez irmãos e muitos tios e primos, tanto de sangue como de coração.
Eu não conheci meus avós maternos, faleceram antes de eu nascer. Mas conheci meus avós de coração, que sempre me trataram como neto. Nunca existiu "dona Catarina" e "seu João" para mim, mas sim, VÓ Catarina e VÔ João. Eu cresci convivendo com eles e com meus tios e primos biológicos e adotivos. Era tudo uma grande família para mim. Não tive carência de avós.
Hoje, aquela que me chamava de "minha joia" partiu. Parou de sofrer em um leito de hospital. Depois de 94 anos fazendo o bem, ela finalmente descansou. Sua casa era a casa de todos, pois minha mãe não foi a única a ser acolhida por ela. Seu coração crescia cada vez mais, conforme seu corpo ia ficando pequenininho. Escutei muita gente falando que devia muito à vó Catarina, que sem ela essas pessoas não teriam se tornado quem são hoje. Senti que não eram palavras de momento. Havia coração nelas.
Foi feita a vontade de Deus. Agora, eu é que tenho uma joia no Céu.




Na primeira vez que te contei
que minha avó estava quase morrendo
tua reação foi bem grosseira:
"Já te aviso que eu não irei contigo a velório!"
Hoje, quando este dia fatídico chegou,
foste a primeira a me perguntar como eu estava.
Mas só.
Eu precisava de ti,
mas não te encontrei...


quinta-feira, 26 de junho de 2014














Só fui entender isso quando já era tarde...



quarta-feira, 25 de junho de 2014





Dormimos juntos, acordamos separados: sobre relacionamentos na era do Tinder

"Cada um faz o que quer.
Nunca ouvi tanto essa frase como agora. Só que se todo mundo só fizer o que é de vontade própria, ninguém mais ajuda o outro, considera o outro, trabalha a preocupação de se tirar de cena para fazer algo em prol do sorriso alheio.
Quem só faz o que quer está preparado para receber alguém que possa lhe dedicar os mais nobres sentimentos? A vida não vai nos tratar bem em todas as ocasiões, nem com as princesas da Disney é assim, e note que no lúdico tudo é possível.
Não cuidar das coisas dos outros como se fossem nossas, não ter paciência para fazer tentativas, enaltecer os defeitos, esquecer de fazer elogios (ou pior – achar que isso não é preciso). Que capítulo da responsabilidade com os sentimentos alheios nós perdemos? Como vamos fazer para adquirir destreza com as adversidades da vida?
As pessoas não se amam mais, elas se consomem. Um erro e está decretado o afastamento. Ela usa estampa selvagem. Ele não come japonês. Ele não tem carro. Ela mora com os pais. Ela não gosta de Game of Thrones. Não quero mais. Volto para o Tinder, o catálogo digital das relações sexo-afetivas efêmeras.
Eu preciso do outro para alguns momentos, não para todos.
Não pedimos mais desculpas, não sentimos a necessidade de dar uma satisfação.Dormimos juntos. Acordamos separados. Nunca mais vamos nos encontrar. Postamos no Instagram a frase “mais amor por favor”, mas não exercemos essa condição.
O egoísmo condiciona nossas fraquezas. Os sentimentos negativos existem para nos treinar. Precisamos todos sair do centro do nosso bem-estar. Não tome uma pílula para diminuir a tristeza, experimente colocá-la pra fora. Não engula seu luto, não sofra a conta-gotas.  Experimente viver com decência e coragem todas as sensações da falta de alegria.  Nada é tão ruim quanto parece.  Os desapontamentos têm função decretada em nossas vidas.
São múltiplas as exigências para atender o ego. Como seria se você dedicasse sua vaidade ao exercício da sua inteligência, da sua simpatia? Nosso orgulho não pode durar uma encarnação e meia, mas nossa capacidade de nos tornarmos pessoas melhores pode ser eterna. A barreira narcisista com passagem só de ida é um desrespeito com a felicidade.  Com a dos outros e com a sua. Não se iluda!
As pessoas malham, ingerem orgânicos, vestem grifes, aplicam botox, viajam de primeira classe em 10 x no cartão, mas o sedentarismo intelectual é notável. Gritante. Desesperador.

Seu consumo cultural e emocional é você mesmo? Volte dez casas no tabuleiro e vamos começar tudo de novo, precisamos de gente de verdade."

E quando o que mais quero é tentar esquecer,
eis que um casal, indo para o jogo,
me pede pra tirar uma foto deles com as filhas.
A mais nova se chama Alice e a mais velha...
Raquel...








"Tu fez um favor pra nós dois..."
Foi a frase que mais me doeu ontem à noite.


terça-feira, 24 de junho de 2014



Creio que o veredicto já tenha sido dado.
Amanhã, só será apresentada a sentença ao réu (eu).


segunda-feira, 23 de junho de 2014






Hoje, dia 23 de junho de 2014,
faríamos 1 ano e meio juntos...
Falhei como teu anjo guardião... =/



"Se a cruz lhe pesa não é para se entregar, mas para aprender a amar, como alguém que não desiste.
A dor faz parte do cultivo dessa fé e só sabe o que se quer quem luta para conseguir ser feliz.

NÃO DESISTA DO AMOR!
NÃO DESISTA DE AMAR!

NÃO SE ENTREGUE A DOR, POIS ELA UM DIA VAI PASSAR.
SE A CRUZ LHE PESOU E QUER SE ENTREGAR, TAL QUAL O CIRINEU: CRISTO VAI LHE AJUDAR!"




E nesses três dias, tão perto de Deus, ele não conseguiu usar a máscara sorridente que estava acostumando-se a usar. As pessoas percebiam, perguntavam, ou, simplesmente, vinham abraçá-lo. Ele se sentia mais mal ainda, transparecia mais, se sentia sem fome, enjoado, com vontade de vomitar as palavras trancadas no coração que tentavam subir pela garganta. Mas amanhã... ah, amanhã ele espera que consiga usar a máscara. Pô-la é difícil, sustentá-la mais ainda, mas o que dói mesmo é tirá-la. Não quer que o vejam sem ela até estar bem, bem de verdade (já que o chamaram de mentiroso quando disse estar bem). Só não sabe quando ou por quanto tempo.


quinta-feira, 12 de junho de 2014



Precisamos conversar. É, tem que ser agora...

Por que estamos separados? Que amor é esse? Cada um na sua a gente não vai se resolver. Se há amor, só juntos é que vamos conseguir superar essas dificuldades.
Desculpa, mas me parece que pra ti tá tudo numa boa, mas pra mim não tá. Parece que pra ti tá sendo um alívio não me ter por perto, assim tu consegue fazer o que realmente te interessa sem ninguém te cobrar/atrapalhar. Vai esperar passar o curso pra falar comigo? Se for assim, vai parecer uma atitude bem egoísta tua. E eu receio pelo nosso futuro, caso outras situações similares ocorram.
Sim, concordo contigo que tu abraçou muitas coisas e não tava dando conta de tudo. Mas tu me deixou de lado, tu NOS deixou de lado... Tuas prioridades foram outras, não teu namoro, não o cara que faz tudo por ti, não o teu futuro marido. Com família e estudos eu jamais poderia sequer pensar em ser posto a frente, mas com essas outras coisas? Porra!
Eu entendo, de verdade, que são novidades, tu tá empolgada pra caramba. Mas tu me deixou totalmente de lado. Minha mãe disse que a gente terminou só agora, mas já fazia um tempo que ela tinha percebido que eu não tinha mais namorada... Isso me entristece mais ainda.

O que tu prioriza como "amor"? Tu me amas? De verdade? O que tu farias por mim? Sei que isso é idiotice minha, daí o egoísmo tá sendo da minha parte e que "prova de amor" não se pede... mas chega um ponto que o cara não aguenta. Eu já sofri tanto por não ser correspondido antes, mas contigo eu tava mais forte, tava aguentando melhor. Agora já não tô conseguindo, eu precisava do teu apoio e tu não tava lá... E eu não queria pedir, eu não deveria precisar pedir. Essas coisas o casal pressente no ar, no jeito, na voz, no olhar... Às vezes se engana, mas quase sempre tá certo.
Na primeira vez que terminamos, tu me ligava todo o dia. A gente não tava namorando, mas nos falávamos como se estivéssemos. Agora, se eu não ligo, tu não tá nem aí. E quando fala comigo, é meio braba, me sinto realmente atrapalhando.
Eu sofro por antecipação, eu imagino o pior, eu estou o tempo todo em cima. Eu nem sempre fui assim. Eu te pedi ajuda, mas tu não deu bola. Não me ajudou a ser um namorado melhor. E eu tentei sozinho, mas porra!, é um namoro, e sozinho não dá!

Quando terminei contigo, eu tava com raiva. Muito brabo, porque tu tá me perdendo, eu sinto isso, de tanto dar e pouco receber, tô ficando vazio. E quando vi tu dando muito amor pra outros e eu continuava na mesma, surtei. Pensei que tu ia te tocar, ia entender, ia vir falar comigo... mas isso não aconteceu. E vai acontecer, será?

A resposta é complexa num todo, mas também é muito simples: se tu me ama, a gente supera; se tu não me ama mais, não tem porquê ficarmos enrolando. Tu segue a tua vida e eu vejo o que vou fazer da minha.
Tu disse que ainda não sabe o que quer me dizer. Mas também disse que me ama. Isso é confuso pra mim, tu já tem maturidade pra discernir se quer ficar comigo ou não. Amor é isso: é um ter necessidade do outro, mas sem dependência. Eu tenho necessidade de ti e muitas vezes fico dependente, justamente por que tu não demonstra necessidade de mim. Se tu me ama, queira estar comigo. Vive do meu lado como se se cada dia fosse único no seu momento. Eu sei que cada um vai ter suas coisas no particular, mas não vejo mal algum em nos comunicarmos, dialogarmos e saber das atividades um do outro. Mas também é importante que equilibremos com os momentos juntos, sejam a sós ou com amigos, e que vivamos esses momentos realmente juntos, não cada qual num canto.
Repito novamente: tu me amas? Eu te amo. Se tu me ama, a gente volta agora. Mas se tu quiser esperar mais, então eu realmente vou sumir da tua vida pra ti pensar bem, mas não sei se estarei aqui ainda caso queira voltar. Infelizmente, nem sempre as coisas podem esperar.

Ass.: Guilherme S. Teixeira


domingo, 8 de junho de 2014



"Então vai namorar com a tua afilhada, pois comigo tu não namoras mais!"

Com essas rudes palavras e desligando o telefone bruscamente antes de deixá-la dizer qualquer coisa, eu talvez tenha jogado fora a minha felicidade.
Troquei o status do Facebook, mudei a foto de plano de fundo do celular, tirei a aliança...
Assim que me viu, ela me ignorou. Depois eu a cumprimentei: simples e séria. Não se despediu.
Mandei mensagens para conversarmos, nada... Ela ainda não sabe o que quer me dizer.
O padre me disse que um tempo é bom. Também vou seguir outro conselho dele e procurar aquela psicóloga.

Agora não como, não levanto da cama... só penso nela.
Que seja feita a Vossa vontade, entreguei nas mãos de Deus.
Pois desde o momento em que tirei a aliança, pendurei-a na cruz. E esta eu não tiro do peito.