"[...]
— É o seguinte — comecei. — Você só será feliz se amar e perdoar, porque assim será amado e perdoado. Você não pode perdoar sem amar, pois seu perdão nunca irá ultrapassar a medida de ser amor. E, finalmente, é impossível amar e perdoar as outras pessoas sem primeiro amar e perdoar a si mesmo.
— Como alguém pode amar a si mesmo conhecendo as próprias imperfeições? — questionou o Jovem Príncipe.
— Da mesma forma que podemos amar os outros conhecendo as limitações deles. Aqueles que esperam um ente perfeito para amar sofrem desilusões e acabam não amando ninguém. Para amar e perdoar a si mesmo, basta ter o desejo de se tornar alguém melhor e aceitar o fato de que você faz o melhor que pode.
— Como vou saber se realmente amo se não for amado primeiro? — perguntou o Jovem Príncipe com bastante lógica.
— Você sabe que ama realmente quando coloca a felicidade de outra pessoa antes da própria. O verdadeiro amor é livre e incondicional. Não procura satisfazer as necessidades da própria pessoa, mas se concentra no bem-estar alheio.
[...]"
O retorno do Jovem Príncipe, de A. G. Roemmers
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