terça-feira, 18 de agosto de 2009

Poemas no Ônibus

Avesso

Eu tenho um falha mecânica
nos olhos
E um metal enferrujado
no joelho.
Tenho cartas expliícitas
nas mangas
E uso colete aprova de balas,
de hortelã.
Eu sou o destinatário das
enormes e lacradas cartas
que eu não remeto.

Márcia Carneiro


Tesouro moderno

Marcado com um "X" vermelho
no mapa,
referenciado com um monumento
erguido em mármore europeu,
o inesquecível,
insólito e sem par
lugar onde nada acontece.

Erick dos Reis


Vocação

Era uma vez uma flautista
Que além de ratos atraía
Homens baratos
Depressivos chatos
Amigas feias
Tarados incompetentes
Dentistas sádicos
Chefes obtusos
E visitas inoportunas
Cansada do azar, vendeu a flauta, comprou um Glock 9mm
E ficou milionária matando tempo e casos perdidos.

Ane Arduin


As três Moiras

Lá, onde só a imaginação alcança,
fiam o destino dos homens, três tecelãs:
Clotho tece o fio da vida e da morte,
Láquesis decide o comprimento e sorte,
Átropos executa o corte.
Lá que enrola o novelo da vida
que o tempo tempera
e leva.

Kátia Cornélius

3 comentários:

  1. Eu sou burro..
    Não entendo quase nenhum dessas poesias de onibus e trem..
    Até que ficou tri a "Vocação", mas eu ainda prefiro uma que tem no tre...

    "Nas ruas são aplaudidas;
    As casas sem campainha!"

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  2. caraa..
    to pegando mto busão eu acho..
    pq eu ja conhecia todas essas.. o.O'
    shahusahushuhsa!

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  3. É divertido lê-las no ônibus... E mais divertido ainda é colpiá-las! Pois às vezes não dá tempo, e tu sempre tá com aquela esperança de pegar o mesmo ônibus pra continuar copiando... xD

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