sexta-feira, 19 de junho de 2009

Um texto meu...

Desde sempre fui meio “diferente”, apaixonado pela leitura e seus enredos e personagens, imaginando como seria estar dentro daquelas histórias mágicas, e essas experiências fictícias sempre me acrescentaram algo na vida real... Na verdade, acho que começou um dia quando entrei junto com Alice pela toca do Coelho Branco e fui tomar chá com o Chapeleiro Louco. Reunidos em torno da mesa estava também Ana Terra que mateava com o capitão Rodrigo Cambará e Tapejara, o último guasca. Aslam, o grande leão rei de Nárnia, ouvia as animadas histórias do barão de Münchhausen e as resmungas do avarento Ebenezer Scrooge. Dr. Simão Bacamarte conversava sobre métodos ortodoxos de consulta com o Analista de Bagé, que lhe mostrava e aplicava sua técnica do joelhaço, e o visconde de Sabugosa acompanhava interessado. Enquanto isso Emília discutia com Brás Cubas o porquê dele ter escrito memórias depois de morto.Willy Wonka trocava receitas novas com o padeiro Hans, que se preparava para o Dia do Curinga. Asterix e Obelix saboreavam um delicioso javali, bebendo vinho com Radicci. Harry Potter voava em sua vassoura com dona Quitéria Campolargo na garupa, e o coronel Tibério Vacariano lhe advertia que no tempo dele as coisas eram diferentes. Hamlet segurava a coleira do velho cão Quincas Borba que rosnava para Rocinante, fazendo com que este saracoteasse mais que bolacha em boca de velha, quase derrubando o valoroso fidalgo Dom Quixote de la Mancha. Também estava lá Oliver Twist que observava os órfãos Baudelaire se escondendo de mais alguma desventura causada pelos planos do conde Olaf. Isso se o bobo da corte do rei Lear não os denunciasse.

Não só os personagens, como também alguns autores se encontravam no recinto. Mário Quintana, Willian Shakespeare, Erico Veríssimo, Lewis Carroll, Moacyr Scliar, Miguel de Cervantes, Machado de Assis e Sidney Sheldon ouviam, maravilhados, o fantástico maestro Pletskaya, com seu acordeom de efeitos mágicos, e seu insólito companheiro Kraunus Sang e seu violino delirante, pois assim é no Teatro Hiperbólico de nossa querida pátria-natal, a Sbórnia!

G. Teixeira


Esse texto foi escrito em 2007 e seria intitulado "Il mondo di Teixeira". Claro que hoje eu aumentaria o número de personagens e autores presentes no texto, mas preferi deixá-lo como era. Só retirei o titulo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Turma 301, aqui tem cidadania!

Bah, saudades dos tempos de Pallotti. Saudades dos colegas, dos professores, de todos (menos da diretora).
O Ensino Médio foi o melhor! 101, 201, 301... Saudades!
Por isso, em homenagem a 301, vai aí os versos do discurso da formatura em 2008:

Um dos melhores momentos
Que tivemos na vida
Foi quando entramos no Pallotti

E conhecem
os gente amiga

Uma turma de brincadeiras
E também com algumas brigas
Que faziam a
Vanúsia
Sair da sala e
nlouquecida

Fomos saindo da escola
E mais ced
o almoçamos
Por que o sex
to período
De sociologia matamos


Com cadernos e o lixo
Um pagodinho cantamos
E em mais de um recreio
O carteado jogamos


As aulas da sora Dai
Estudando o clima n
o verão
E o seu J
uvêncio trouxe
Um ventilador pra galera do fundão


Os problemas com o MAG
Geravam muita discussão

E logo vinha a F
abiene
Pronta pra no
s dar sermão

Saudades da sora Ana
E dos barões assina
lados
Nós pagamos muitos micos

Com teatros im
provisados

Com a saída do Escossi

Ficamos desorientados

Pois a nível de
matemática
Para nós é c
omplicado

Com o túnel do terror
Quase ninguém se assustou

E na Feira de Ciências

Teve projeto que não funcionou


Depois do conselho de classe
É pra Germânia que eu vou

As redações n
ão acabadas
Palavra no final chegou


Estudamos todas as guerras

Mas a do último dia foi demais
Bexigas d’água voavam
Comemorando os nossos As


Nós tere
mos muitas fotos
Lembranças que não e
squeceremos jamais
Agora somos formandos

E xuxus nunca mais


O Eleandro parece sério
Mas as aulas ele divertia

Até a sora
Dal Bó
Às vezes com a gente ria


E eu sempre lembrarei

Que a amizade era o que valia

Por que na 301

Aqui tem cidadania


G. Teixeira


segunda-feira, 15 de junho de 2009

JUÍZO

Rio de Janeiro, sexta-feira, 31 de Dezembro de 1999.

A temperatura no apartamento de Beth é de 32 graus. Beth fecha a mala, desliga a geladeira, põe água na planta, apaga a luz e abre a porta. Ela está atrasada para pegar o ônibus. Beth ainda não sabe que o telefone vai tocar. O telefone toca.

— Cacete!

Beth olha o relógio. O telefone toca. Ela larga a mala no chão, acende a luz, o telefone toca, ela deixa a porta aberta, com a chave na porta, atende o telefone.

— Josimar? (...) Sou eu, Josimar, eu não tenho secretária eletrônica. (...) Eu sei. O que foi? (...) Estou saindo, não saí ainda. O que foi, Josimar?

Beth vê o livro Sequestrados de Altona, do Sartre, sobre a mesa, ao lado do computador. Pega o livro e põe no bolso.

— E você não salvou no disquete? (...) Tem, tem jeito sim, o computador pode ter salvo. (...) É, é brabo. (...) Josimar, faltam duas horas para acabar o milênio e você quer que eu lhe ensine, por telefone, a mexer no computador? (...) A responsabilidade pe sua, Josimar. Você assumiu, agora a responsabilidade é sua. (...) Josimar, eu não posso ser responsável pelos atos de toda a humanidade. A responsabilidade é sua. (...) Tá, Josimar, tá bom. Que saco!

Beth senta, liga o computador.

— Você ganha o mesmo que eu e entrou não faz nem um mês. Se eu perder o ônibus por sua causa e passar o Ano Novo na rodoviária eu te mato! Você está na frente do computador? (...) Bom, no canto esquerdo, embaixo, tem uma cruzinha, perto do Iniciar. Clique duas vezes com o botão direito do mouse na cruzinha. Vai aparecer uma ampulheta, aquela coisinha que mede o tempo, com areia dentro. Sabe como é? Um desenho de uma ampulheta. (...) Você está vendo a cruzinha no canto esquerdo? (...) Josimar, liga o computador.

Beth, na rua, mala na mão, procura um táxi. Fogos de artifício explodem no céu. Um relógio de rua marca 11:43, mas na verdade são onze e quarenta e cinco, o relógio está atrasado. Ela gesticula e grita para um táxi que passa, sem parar. Ela vê outro táxi se aproximando no sentindo contrário da rua. Beth atravessa a rua correndo, quase na frente de um ônibus. Outro ônibus buzina e pisca luz alta para ela. Ela se vira e vê o ônibus se aproximar. O ônibus freia e buzina. Beth grita. Fogos de artifício explodem no céu refletido no vidro do ônibus. Destino: Juiz de Fora. Beth é atropelada e morre.

Beth está estatelada no chão. Abre os olhos. Fogos de artifício emolduram um grupo de pessoas em círculo, romanos, monges, budistas, um índio. Surge um anjo. O anjo examina o rosto de Beth e pergunta:

— A senhora é uma galinha?

— Não.

O anjo confere uma ficha.

— Uma ameba?

— Não.

— Não vai dizer que a senhora é uma pessoa humana?

— Sou.

— Então vamos logo! Venha comigo.

Beth levanta, segue o anjo por um grande corredor. Ela examina as mãos, Abre a bolsa, pega um espelho.

— Mas o que aconteceu que eu estou tão pálida?

— A senhora morreu.

— Eu morri?

— E o pior é que está atrasadíssima. Os humanos entram em dois minutos. Venha comigo.

— Eu morri. Que absurdo! Nunca imaginei que isso fosse acontecer logo comigo. Eu perdi a passagem do milênio. Como foi a passagem do milênio?

— Ah, foi uma maravilha. O mar se abriu, bolas de fogo... Os Cavaleiros do Apocalipse então, que beleza. Gostei mais da peste, toda verde.

— O mundo acabou?

— Você não sabia?

­— Não, eu morri um pouco antes.

— Todo mundo avisou, o Pacco Rebane, Nostradamus. Olha aqui.

O anjo tira um livro do bolso e lê:

— “Quando a terceira esfera azul brilhar no mar do norte, então será o dia.” Só não entendeu quem não quis.

— Todo mundo morreu à meia-noite?

— Não, você morreu um pouco antes. E mesmo assim é a mais atrasada. Já vai começar.

— Começar o quê?

— Como assim, o quê?

O anjo empurra uma porta e Beth entra num grande auditório, lotado. Na platéia, seres humanos de várias épocas, princesas medievais, gregos de lençol, primatas peludos. No palco, entre nuvens, um luminoso informe o nome do show: “Juízo Final”. O anjo indica a Beth um lugar vago no auditório e sobe no palco, pega um microfone.

— Bem-vindos ao Juízo Final. Boa noite, ou bom dia, não importa: vocês agora vivem na eternidade. Está começando mais um sensacional julgamento, chegou a hora de prestar contas de tudo que se fez e tudo que se deixou de fazer. E o julgamento de hoje é...

O anjo examina uma ficha.

— Dos humanos!

Platéia vibra, aplaude, grita: Humanos! Humanos!

— Muito bem... A platéia está animada hoje. E agora vamos receber nosso juiz e patrocinados, Aquele que tudo vê e tudo sabe, Aquele que é o princípio, o fim e o meio. Uma salva de palmas para... Deus!

Um grande olho irradiando luz num triângulo surge sobre o palco. Acordes de um órgão. Palmas da platéia: De-eus! De-eus!

— É, podem aplaudir bastante, mas não pensem que isso vai influenciar o julgamento, não... Nosso juiz é implacável! Mas vamos ver quem será o representante da raça humana no Juízo Final.

O anjo mete a mão numa grande urna transparente, cheia de pequenos envelopes coloridos. Ele pega um envelope, abre.

— Vamos abrir o envelope... Atenção... dona Elisabeth!

Foco de luz em Beth, na platéia. Aplausos. Elisabeth! Elisabeth!

— Eu?

O anjo vem até a platéia e conduz Beth para o palco.

— É uma grande responsabilidade, representar a raça humana no Juízo Final... Etá nervosa, dona Elisabeth?

— Um pouco... pode me chamar de Beth.

— Beth, muito bem. Sabe como são as regras do jogo?

— Não, não sei nada. Eu estava indo para a praia. Eu acho que não estou preparada.

— Modéstia sua. A senhora sabe por exemplo em qual dinastia foi construída a muralha da China?

— Não sei, não tenho a mínima ideia.

— Brincadeira, isso não vale ponto. Fique calma, dona Beth.

No cenário surgem dois placares, Céu e Inferno, com um contador embaixo e uma ampulheta que marca o tempo.

— Dona Beth, as regras aqui são muito simples. Deus não faz distinção entre os seres que criou: amebas, árvores, baratas e seres humanos, todos têm a mesma importância. Como Deus não pode julgar individualmente todos os seres, escolhe, aleatoriamente, um representante de cada espécie. E a senhora foi escolhida para representar a raça humana.

— Olha, eu vi um japonês de óculos ali no fundo, será que não seria melhor... É que eu trabalho, trabalhava, numa empresa de informática, eu tenho só um curso técnico...

— Não se preocupe, a platéia ajuda, a senhora vai se sair bem... Eu vou lembrar tudo que a raça humana fez de ruim e a senhora vai dizer o que fizeram de bom. Deus vai dando os pontos que aparecem naquele placar. Se a senhora fizer mais pontos que eu, sabe para onde vocês vão?

A platéia grita: Para o Céu! Para o Céu!

— Exatamente. Para o Céu! Um lugar maravilhoso, onde corre o leite e o mel, para quem gosta de leite e mel. Um lugar onde não há dor, nem mal, nem pecado. Uma eternidade de gloria e felicidade!

A platéia grita: Para o Céu! Para o Céu!

— É, mas se a senhora perder...

Muda a luz e a música.

— Se a senhora perder, a situação da raça humana fica muito difícil, dona Beth... Se a senhora perder, os humanos vão passar a eternidade... no Inferno!

A platéia geme: uuuh!

— O Inferno é um péssimo lugar para se passar um fim de semana, que dirá uma eternidade.

A ampulheta do cenário vira e começa a contar o tempo.

— Olha lá, hein, dona Beth, que o relógio já está marcando e... começou o jogo!

— Eu não sei, quero dizer, a raça humana fez muitas coisas, algumas boas, outras ruins.

O anjo abre um envelope com várias fichas.

— Lembre das boas, dona Beth, que das ruins lembro eu. Olha, e pelo que eu estou vendo aqui... hoje o jogo está fácil para mim. A raça humana não fez um papel muito bonito, não. Raça humana... Vocês surgiram no finzinho do mundo, não faz nem dez milhões de anos, mas fizeram um estrago danado no planeta, hein, dona Beth? Os humanos merecem o Inferno! Que raça bem triste... A começar pelas guerras, que coisa feia! Nunca houve guerras entre camelos, nunca se ouviu falar de um bando de cotias matando outras cotias. Acho que as guerras vão levar vocês para o Inferno...

Placar do Inferno marca 100.000 pontos.

— É verdade, mas nós fizemos muita coisa boa também.

— Por exemplo?

— Bom... O quindim.

— Quindim.

— É, um doce. Foi uma grande invenção. Eu adoro quindim.

— Vamos ver quantos pontos vale o quindim.

Placar do Céu marca 3 pontos.

— Só três pontos, dona Beth. Além do quindim, o que mais vocês fizeram de bom?

— Pudim, rapadura, doce de leite.

Placar do Céu avança para 12 pontos.

— Dona Beth, a senhora vai ter que lembrar de muitos doces para tirar a raça humana do Inferno. Os humanos foram uma praga!

— E a roda? A roda é uma invenção ótima.

Placar do Céu avança para 512 pontos.

— A Beth está pegando o jeito.

— Livros! Os livros!

Placar avança para 20.512 pontos. Platéia vibra: Livros! Livros!

— Acho bom eu não me descuidar... Vamos ver... Inveja, cobiça, ira, gula, avareza, luxúria...

O placar do Inferno anda aos pulos, já está em 160.000.

— Está faltando um pecado...

— Preguiça?

Placar do Inferno pula para 170.000. Beth e a platéia gemem: ai!

— Preguiça. Obrigado, dona Beth, a senhora me deu 10.000 pontos.

— Só um pouquinho. As pirâmides. Fio dental. Anestesia. Elevador. A agricultura. Roupas. Sapato. Rádio, televisão. Cinema. Teatro.

Beth aponta para Deus.

— Aquela capela, que tem o desenho Dele pondo o dedo num homem assim, uma que foi restaurada há pouco... Cristina?

A platéia assopra: Sistina!

— Isso! Capela Sistina!

O placar do Céu vai para 86.512 pontos. O anjo consulta suas fichas.

— E as drogas? E a pornografia infantil? E a má distribuição de renda? E os corruptos?

Inferno: 245.560.

— Cadeiras. Tapetes. A Nona Sinfonia do Beethoven! A oitava, a sétima, a quinta, quarta, terceira, segunda e primeira sinfonias de Beethoven?

Céu: 112.320.

— A décima sinfonia?

Luz vermelha pisca, toca alarme.

— Não tem décima sinfonia nenhuma, nosso juiz tudo sabe e tudo vê, dona Beth. E as mentiras? A fofoca?

Inferno: 276.840.

— A música! Todas as músicas!

Céu: 280.320. A platéia vibra: Música! Música!

— O ciúme. A ganância.

Inferno: 310.630.

— Ganância é o mesmo que cobiça e avareza, já foi. Eu já falei pudim?

— Já falou, lá no começo, logo depois do quindim.

— Computador. Videocassete. As pinturas. As conquistas espaciais. Todos os eletrodomésticos.

Céu: 290.780.

— Roubos!

— Zíper! Telefone!

— Linha ocupada.

Inferno: 340.020.

— Cartões de Natal. Internet.

E um sem-fim de misérias e bondades humanas desfilou frente aos olhos que tudo vêem. O tempo, todos os tempos, chega ao fim. O placar do Inferno marca 834.760. O placar do Céu marca 834.730. Beth está nervosa, a platéia está nervosa.

— O tempo está acabando, faltam três minutos, dona Beth... Faltam trinca pontos para livrar a raça humana do Inferno, dona Beth.

— Eu já falei lâmpada?

— Falou.

— Quindim?

— Foi a primeira coisa que a senhora disse.

Silêncio. A platéia está apreensiva, rói as unhas. Beth pega um lenço no bolso, seca o suor da testa e, ao guardar o lenço, percebe o livro de Sartre em seu bolso. Pega o livro. Lê.

— Olha isso aqui. “Vós que desconheceis as nossas dores, como podereis compreender o poder atroz de nossos amores mortais? Crianças lindas que saís de nós, nossas dores vos terão feito. Séculos que virão, eis pois o meu século. Solitário e disforme, o réu. Eu responderei por ele.”

A platéia se emociona, aplaude. O placar do Céu pula para 834.765 pontos. A platéia vibra: Humanos! Humanos! Beth está radiante.

— Isso é do Sartre!

— Um ateu?

Silêncio. O placar do Céu cai para 834.760, empatando com o do Inferno. A platéia geme.

— Eu não sabia que ele era ateu. Eu nem li o livro todo, só essa parte, que estava sublinhada. O que acontece se der empate?

— Em caso de empate, a raça humana vai para o Purgatório, onde aguardará novo julgamento, em um milhão de anos.

— Como é o Purgatório?

— É um pouco como uma sala de espera, com gravuras na parece, revistas sem capa, plantas artificiais música ambiente.

— Que tipo de música?

— New age.

— Cacete!

— Falta cinquenta segundos! Eu também não lembro mais nada de ruim... Acho que vocês vão todos para o Purgatório.

— Eu falei no abridor de lata?

— Falou.

— Fita durex?

— Falou. Faltam quarenta segundos. Olha o tempo!

— Bem... Tem uma coisa que eu fiz, mas não sei se isso vale. Vale bondade com raiva?

— Faltam trinta segundos!

A platéia grita: fala!

— Bom... O Josimar, um cara que trabalha comigo no escritório, não bem comigo, eu trabalho na contabilidade e ele no contas a pagar.

— Dez segundos!

A platéia urra: fala!

— Eu ajudei o Josimar com o computador. Eu estava atrasada pra pegar o ônibus, mas atendi o telefone e ajudei o Josimar no computador. E a responsabilidade era dele. Ele ganha o mesmo que eu. Isso vale?

Silêncio. Expectativa da platéia. Beth olha para Deus. O placar do Céu avança um ponto: 834.761. Termina o tempo. Abre-se a porta do Céu, tocam trombetas!

— É o Céu! Sensacional! A raça humana vai para o céu por um ponto! Parabéns, dona Beth!

A platéia delira, todos se abraçam. A torcida invade o palco, cantando: Olé, olá, a raça humana ta botando pra quebrar! Humanos! Humanos! Beth é carregada em triunfo, nos ombros de um viking. A platéia canta: Arcanjo! Arcanjo! Arcanjo e Querubim! Arruma outro anjo que este já chegou ao fim!

— Não percam na próxima semana, o julgamento das amebas.

A platéia canta: Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos que as amebas vão pra puta que o pariu!!!

Jorge Furtado


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fazia tempos...

Bah, muito tempo sem escrever...
Vou repassar alguns acontecimentos interessantes que ocorreram na semana:

Terça-feira foi a "formatura" do pessoal da Contação de História. Contei "A revolta dos guarda-chuvas" de manhã pras crianças. E à tardinha contei "Coração materno" pros mais adultos. Foi muito show, me senti nervoso e pensei ter falado rápido de mais, mas todos disseram que estava bom. Agradeço a presença dos que foram me ver.

Quarta-feira foi aniversário da Dinossaurinha (vulgo Thalita Medeiros). Não tínhamos aula, nem de Ciência da Linguagem (com a professora mais puxada, Jane) nem de Libras (com a mais divertida, Janaína).
Como era os 18 anos da baixinha, fomos para o Pseudo Biblioteca, um bar ali na Bento Gonçalves. As gurias tomaram umas tequilas, eu fiquei só na cerveja. Ganhei duas cervejas numa aposta - , Thalita? ;) - e jogamos sinuca.
Na sexta-feira tiveram apresentação do Enelle. A Jéssica e o Carioca dançaram um tango maravilhoso. Deram um show, estava muito belo mesmo!

No sábado tivemos a Integração de Pré e Pós na SMG. Foi divertido, principalmente no momento de dindos e afilhados: o pessoal tropeçando e quase caindo, mas escolheram o melhor caminho (que nem sempre é o mais curto e fácil). Após a missa teve a reunião com os pais (medo), mas foi tranquila. Gostei muito de conhecê-los e rever os que já conhecia. Creio que o curso será MARA e a gurizada perseverante!

E no domingo: Formação de Monitores de Pré. Estava muito bom! Várias dúvidas tiradas e coisas novas aprendidas. Vamos que vamos, meu pré!

Hoje fui na catequese com a Anny, Chaves, Gi e Thiagão. Depois passamos na Pati e depois na Dani.
Agora cá estou, na Biblioteca da PUCRS, escrevendo... =P
Falta meia-hora pra aula da Jane e lá vou eu!

Isso é tudo, pessoal! (tri Lonney Toones)