Então, eu olhei para mim. Sim, eu não procurava mais olhares que me completassem, mas procurei completar-me comigo mesmo. E quando obtive amor-próprio e passei a aguardar o tempo de Deus, Ele olhou para mim através de olhos verdes/azuis.
O olhar de A é lindo! É um olhar que me transborda! Um olhar de mil faces, as quais procuro conhecer bem a medida que se mostram para mim, a medida que me olham.
Raras vezes que os vi, seus olhos estavam azuis. Mas quando azuis são mágicos e alegres, sinto uma vontade imensa de mergulhar dentro deles.
Quando verdes, são dois: escuros são mais sérios, reservados, sedutores; claros, mais carinhosos, meigos, delicados. A maneira que me olham me fascina!
A loucura que vejo neles é daquela boa, de gente doida-sã, que apenas
brinca de ser louquinha. Com o olhar penetrante, podem ser olhos de ressaca,
pois me arrastam para dentro de si de uma forma apaixonante.
Algumas vezes se perdem, em pensamentos, e vão longe... Mas sempre voltam e parece que, a cada vez, com mais determinação no olhar.
E o brilho! Ah, o brilho... Seu olhar é brilhante! Brilhante como um tesouro que reluz aos meus olhos. Me enxergo neles e brinco que um dia os colocarei em um vidrinho.
Quero poder mirá-los cada vez mais e, assim, conhecê-la cada dia mais.